quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Justiça a Qualquer Preço!


"Não confieis na extorção, nem vos glorieis em coisas roubadas; ainda que as vossas riquezas aumentem, não ponhais nelas o coração. Uma coisa disse Deus, duas coisas ouvi: que o poder pertence a Deus, e a ti, Senhor, pertence o amor. Certamente retribuirás a cada um segundo a sua obra." (Salmo 62.10-12)

Temos acompanhado nestes últimos dias os conflitos mais recentes entre as emissoras de TV, Rede Record e Rede Globo, se por razões de interesses particulares ou por justa causa, fica difícil saber. Apesar dos evangélicos não concordarem com a constante apologia da Rede Globo ao Espiritismo e ao espiritualismo moderno - na verdade, é natural que neste mundo cada um pregue e "puxe sardinha" para aquilo em que crê, e por isso, cabe uma análise de coerência das doutrinas - há de se convir que pelas práticas da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD)também não podemos defendê-la das acusações que sofre, pois que está há muitos quilômetros de distância das práticas bíblicas. E, conforme João 8.47: "Quem pertence a Deus ouve as palavras de Deus". Significa dizer que se alguém não vive na prática conforme os princípios bíblicos, este não pertence a Deus, e naturalmente suas ações serão frutos de sua impiedade. Por isso, não seria novidade os líderes da referida igreja estarem envolvidos com a injustiça e a impiedade, visto que não praticam a palavra de Deus, e por isso, não pertencem a Deus. Há muito tempo a Bíblia nos adverte sobre falsos profetas: "...entre vós haverá também falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras... E muitos seguirão as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade. Por ganância farão de vós negócio, com palavras fingidas. Para eles o juízo lavrado há muito tempo não tarda, e a sua destruição não dorme." (2 Pedro 2.1-3)

Aqueles que querem descobrir a verdade, precisam antes conhecer o Deus da verdade. Se por um lado, igrejas como a IURD são culpadas de um ensino errado e por isso serão julgadas, por outro, as pessoas que delas participam serão culpadas pela negligência do conhecimento, por aceitarem prontamente tudo o que se diz e não se preocuparem em conhecer com profundidade as Sagradas Escrituras. A Bíblia afirma que os que se acham no caminho do Senhor se portam irrepreensivelmente, suas ações são sempre justas e verdadeiras. Estes não têm do que temer, nem do que se envergonhar, nem se acham contra eles prova de injustiça. (1 Tessalonicenses 2.10; Salmo 37.18, 19, 28).

O que mais preocupa nesse debate é qual tem sido a atitude dos cristãos numa geração como esta em que se faz necessário que o mundo conheça padrões de justiça mais elevados. Na verdade, igrejas que pregam a chamada Teologia da Prosperidade, existem devido a um mercado religioso incentivado pelos seus próprios fiéis. São pessoas que se acostumaram a hábitos consumistas, e a receber somente. Dão, mas para ter. Tudo o que fazem é voltado para seu próprio prazer e conforto. Logicamente, pessoas assim farão de tudo que estiver ao seu alcance para atingir os alvos que almejam, e não duvido que em meio a isso esteja a injustiça. Assim, cresce a fama dos "crentes" caloteiros. Lembramos a expressão da Bispa Sônia Hernandes, publicada pela Veja, que em meio aos questionamentos sobre dívidas da Igreja Renascer, respondeu: "Devo, não nego. Pago quando Deus quiser!". Anos depois, ficou presa nos EUA com seu esposo, chamado de apóstolo Estevão Hernandes, por novos escândalos financeiros. Todos os atrelados a essa teologia, parecem desenvolver uma mania de grandeza que, visivelmente, tem-se demonstrado que prece à queda. A Bíblia porém fala dos cristãos como "a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para anunciar as grandezas daquele que nos chamou das travas para a sua maravilhosa luz." (1 Pedro 2.9).

Um cristão de verdade terá como sua maior preocupação agradar a Deus, ainda que isso lhe custe algo, e até mesmo sua própria vida. Ele não pensa apenas em si mesmo, e sabe se contentar com aquilo que tem, pois crê que Deus dá o que ele precisa. Ele foi chamado para falar das grandezas de Deus e para viver em sua luz (justiça). É inaceitável que um cristão tenha seu nome manchado por negócios injustos, mentira, etc. E neste mundo, frequentemente ele será provado em sua fidelidade. Deixar-se envolver pela injustiça, ainda que nas pequenas coisas, é uma incoerência com a sua identidade, pois carrega o nome de Deus, e está blasfemando do Seu santo nome. E quando me refiro a injustiça, não estou apenas falando de questões relacionadas a dinheiro. Mas, também de mentira, imoralidade, acepção de pessoas, entre outras coisas.

Nós fomos chamados para estabelecer novos padrões de justiça, e isso é um grande desafio num mundo que tende para o mal. Todavia, é preciso pagar o preço, à semelhança de cristãos como Martin Luther King Jr., que não teve sua vida por precisa. É preciso romper com os sistemas que governam esse mundo, não se deixando envolver simplismente para se obter alguma vantagem. Não há nada que justifique um cristão ter seu nome manchado por vantagens num mundo que nem se quer é o seu. Somos cidadãos dos céus!

Que nunca nos esqueçamos de orar como Jesus nos ensinou: "Não nos deixes cair em tentação, mais livra-nos do mal." (Mt 6.13). Que o Senhor nos ajude a viver de forma honrosa neste mundo, dando bom testemunho do nosso Deus, através dos atos, palavras e intenções. Que vivamos a justiça de Deus a qualquer preço! Amém.

domingo, 9 de agosto de 2009

RAZÕES PARA ESTAR NA IGREJA



1. Foi criada por Jesus – Abandonar a igreja ou não se envolver com suas atividades é menosprezar uma obra criada por Deus (Mateus 16.18). É desvalorizar a sabedoria do Senhor, que criou a igreja com o propósito de proteger o seu rebanho. Na linguagem do campo, a igreja seria semelhante ao “curral” das ovelhas.

2. É um lugar para todos – Numa igreja não pode haver acepção de raça, de cor, de status social, nem preconceito de qualquer tipo. Todos são bem-vindos na igreja. Deus ama a todos (Romanos 2.11). Uma igreja fiel deve tratar a todos de forma igual, pois perante Deus somos irmãos em Cristo Jesus.

3. Possui uma mensagem vital – Por mais que igreja seja constituída de pessoas imperfeitas — qual instituição entre os homens é perfeita? —, ela é a única que carrega uma mensagem transformadora, capaz de dar vida ao homem. Seja a igreja constituída de pessoas extrovertidas, seja constituída de pessoas mais reservadas — é uma questão de personalidade e cultura —, o que faz a diferença é o tipo de mensagem que ela carrega. Se a igreja estiver focalizada em Cristo, ela cumprirá sua missão no mundo.

4. Há uma missão para cumprir – Apesar de hoje em dia, para muitos, a igreja ter se tornado num ponto de encontro, ou numa “varinha de condão” que resolve todos os problemas, não é este o propósito principal da igreja no mundo. A igreja está no mundo para levar o homem a Deus, através de Jesus Cristo (João 13.13-15). E, como a igreja somos nós, você e eu temos essa responsabilidade. Deixar de estar em igreja é deixar de “pastar” (alimentar-se). É também no “curral” da igreja que o Senhor irá tratar as feridas do seu rebanho. Um rebanho enfraquecido não tem a menor condição de cumprir a missão dada pelo Senhor.

5. É lugar de crescimento – Ao contrário do que muitos pensam, igreja não é o templo. Igreja são as pessoas que estão dentro do templo. São todos aqueles que receberam a Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas. Jesus reuniu seu rebanho para que pudessem ser ensinados na Palavra de Deus a orar, a amar, a perdoar, a exercer compaixão, a ter responsabilidade, a obedecer, etc. E também possibilitou um estágio prático, o de conviver com diversos tipos de pessoas (João 17.21,23). É a prática do conhecimento da palavra de Deus que nos faz crescer. E se errarmos, é melhor errar entre os crentes do que entre os incrédulos, que não têm conhecimento de Deus.

6. É segurança para a volta do Senhor – Jesus voltará! Assim diz a Palavra de Deus. Também existe um conselho: “Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.” (Hebreus 10.25). Já não é fácil ser um crente fiel a Jesus no mundo em que vivemos, mas, como não será a vida de alguém que nem na igreja está? Uma pessoa que não assume um compromisso com a igreja já está sendo um testemunho contra ela mesma de que não suporta conviver com os irmãos, ou de que não está disposta a submeter-se às autoridades que Deus constituiu, ou de que está mais preocupada com sua própria vida do que em confiar no Senhor, ou pior, de que definitivamente assumiu uma vida de pecado e inimizade contra Deus. Creio que no dia em que o Senhor voltar Ele vai pegar muitos “crentes” de surpresa, pessoas que abandonaram a igreja.

7. É testemunho de amor a Deus - Quem ama uma pessoa quer estar o maior tempo possível junto dela. Trabalhar para o Senhor é a demonstração de que desejo o Senhor ao meu lado. A igreja é o lugar que Deus preparou para isso. Quem ama ao Senhor Jesus procura uma igreja (Colossenses 2.18,19).

sábado, 8 de agosto de 2009

Como Agir Diante dos Desafios?
(Alessandra P. S. Matta)

Josué 1:
1 E sucedeu depois da morte de Moisés, servo do SENHOR, que o SENHOR falou a Josué, filho de Num, servo de Moisés, dizendo:
2 Moisés, meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa este Jordäo, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel.
3 Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu disse a Moisés.
4 Desde o deserto e do Líbano, até ao grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus, e até o grande mar para o poente do sol, será o vosso termo.
5 Ninguém te poderá resistir, todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; näo te deixarei nem te desampararei.
6 Esforça-te, e tem bom ánimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria.
7 Täo-somente esforça-te e tem mui bom ánimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela näo te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares.
8 Näo se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque entäo farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido.
9 Näo to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ánimo; näo temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares.


Como devemos agir diante dos desafios?

Em nosso dia-a-dia sempre temos desafios a serem enfrentados, na família, no trabalho, de saúde, etc. Mas, qual deve ser a nossa atitude diante de cada um?

1º) Devemos confiar em Deus (v.5)! Deus disse a Josué: “Estarei com você; nunca o deixarei, nunca o abandonarei”. Ele também disse isso a todos os cristãos: “Eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.” (Mt 28.20)

2º) Devemos ser fortes (v.6)! A ordem dada a Josué foi “seja forte”. A nossa força vem de Deus. Veja Salmo 28.7: “O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, e dele recebo ajuda”. O v.9 acrescenta: “Não to mandei eu?”, isto é, “não fui eu que te ordenei?”. Significa que aquele que é enviado de Deus não precisa temer.

3º) Devemos ser corajosos (v.6)! Enfrentar os desafios sem se esconder, sem dar tanta importância àquilo que desanima, sem medo de sofrer.

4º) Devemos obedecer a Palavra de Deus (v.7)! Nossas atitudes têm que estar de acordo com a Bíblia, e não com o que pensamos ou com as imposições da sociedade. Em Atos 5.29b diz: “É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens”.

5º) Devemos falar da Bíblica (v.8)! O nosso testemunho deve ser constante e não somente quando tudo nos vai bem! Independente do momento que estamos passando, existem pessoas carentes de Deus e talvez sejamos as únicas pessoas que podem levar Jesus até elas.

6º) Devemos meditar na Palavra de Deus constantemente (v.7)! Somente assim ganharemos força, coragem, direção, conforto, correção...

7º) Devemos dar o primeiro passo, agir (v.2 e 3)! Nada conquistaremos se ficarmos parados! Temos que enfrentar os desafios, mesmo que exija muita luta. Lembre-se que atravessar o Jordão também parecia impossível, mas Deus tem poder para fazer aquilo que não podemos fazer – Veja Josué 3. 13,17: "Porque há de acontecer que, assim que as plantas dos pés dos sacerdotes, que levam a arca do SENHOR, o Senhor de toda a terra, repousem nas águas do Jordäo, se separaräo as águas do Jordäo, e as águas, que vêm de cima, pararäo amontoadas [...] os sacerdotes, que levavam a arca da aliança do SENHOR, pararam firmes, em seco, no meio do Jordäo, e todo o Israel passou a seco, até que todo o povo acabou de passar o Jordäo."

Como podemos saber se confiar em Deus, ser forte, ser corajoso, obediente a Palavra de Deus, falar sobre Deus, meditar na Bíblia e agir, saindo da passividade, pode nos assegurar vitória? O verso 8 afirma: “Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem-sucedido.”

"Näo to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ánimo; näo temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares." (Josué 1.9)

sexta-feira, 15 de maio de 2009

É Tempo de Despertar!

"Agora, Senhor... capacita os teus servos para anunciarem a tua palavra corajosamente. Estende a tua mão para curar e realizar sinais e maravilhas por meio do nome do teu santo servo Jesus." (Atos 4.29,30)

O Senhor Jesus espera que nós cristãos vivamos de forma tão intensa quanto os islâmicos. Principalmente, porque conhecemos o verdadeiro amor de Deus, derramado sobre nós. A passividade e a indiferença dos cristãos para com o pecado e a falta de compromisso com a Palavra de Deus tem sem que seja esta a intenção permitido que o nome do Senhor seja desonrado. É tempo de despertar! Este é o tempo de mostrar a diferença que Cristo faz na vida daquele que obedece. Eles morrem por uma promessa, mas a promessa que temos não nos deixará morrer. Pois, disse Jesus: "aquele que vive e crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá." (João 11.25,26). Somente os cristãos podem ter certeza do cumprimento das promessas de Cristo, pois Ele foi o único que ressuscitou.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

A Bênção de Adoecer

(Irland Pereira de Azevedo. Adaptado)


“Foi para meu benefício que eu tanto sofri.”
(Isaías 38.17ª, NVI).


Estamos acostumados a celebrar a bênção da saúde, pois saúde é coisa boa. Mas a realidade é que muitas vezes vemos a saúde fugir; órgãos importantes apresentam problemas e aspectos e funções vitais de imenso valor são seriamente prejudicados.

Adoecemos. Adoecemos, com maior ou menor gravidade, na infância, na adolescência, na idade adulta e principalmente na velhice. Às vezes a proximidade da doença é anunciada, e podemos até preveni-la ou atenuar-lhe as conseqüências. Outras vezes, a doença é repentina e fulminante.

Pois bem. Qual é a nossa atitude em relação à doença? É evidente que ela altera ou perturba nossa vida e atropela nossos planos, sonhos, e vontade imensa de viver com qualidade.

Como notamos no texto de Isaías, acima reproduzido, o rei Ezequias, depois de sua grave doença e da cura que recebeu, afirmou: “Foi para meu benefício que eu tanto sofri”.

Existem bênçãos na doença? Certamente! Isso desejo lembrar e assinalar, sem pretender exaurir o tema.

1. Quando adoecemos, descobrimos nossa finitude e humanidade.
Não podemos tudo, não conseguimos fazer tudo o que queremos, interrompem-se nossos projetos, alteram-se nossos planos, damo-nos conta de que com saúde nos julgávamos necessários e até insubstituíveis; só que descobrimos, num leito de enfermidade, que o mundo não pára, a vida continua e às vezes nossos empreendimentos ou negócios chegam até a produzir mais.

2. Quando adoecemos, tomamos consciência da unidade e solidariedade da raça humana.
Sim. Fazemos parte de uma humanidade pecadora, passível de adoecer e de transmitir de geração em geração doenças ou potencial delas que freqüentemente nossa indisciplina precipita que venham a aparecer. Um exemplo disso é que quando vamos a uma consulta médica, somos perguntados sobre o histórico das doenças na família.

3. Quando adoecemos, descobrimos que todos somos iguais:
Pobres e ricos, grandes e pequenos, homens e mulheres, doutores ou analfabetos, palacianos ou gente de rua, santos e pecadores. Todos adoecemos ou podemos adoecer. No leito da enfermidade, descobrimos a tolice do orgulho, da vaidade, da pretensão humana, da mania de grandeza. E do leito, saímos mais humanos e humildes. E não é isso uma bênção?

Lembro-me do meu sogro dizer no leito de enfermidade que se fosse curado, ele iria lutar contra a sua timidez para dar testemunho nas igrejas e quando fosse visitar, oraria pelas pessoas.

Nisto eu vi que a maior bênção produzida pelo leito da dor não é a cura, mas a mudança que Deus opera em nossos pensamentos e atitudes. E não apenas na vida do doente, mas na daqueles que com ele convivem. Confesso que saí dali pensando: “vou esperar adoecer para então pensar em lutar contra os meus temores para dar frutos para Deus?”

4. Quando adoecemos, aprendemos “experiencialmente” a natureza relacional e interdependente do ser humano, e o valor da gentileza, da simpatia, do bom humor, da paciência.
Pensávamos, quando saudáveis, não precisar de ninguém, não depender de ninguém, que dinheiro era capaz de adquirir todo bem estar, todo prazer, toda felicidade. Doentes, em leito hospitalar luxuoso ou singelo, rodeados de gente altamente capacitada e profissionalmente competente, ou de gente simples, nós nos damos conta de que precisamos dessas pessoas, dependemos delas, temos de tratá-las bem. Em troca, recebemos o carinho e o cuidado delas.

5. Quando adoecemos, verificamos a importância da família e do amor e cuidado que nos devota.
Às vezes, parentes que não víamos fazia anos, comparecem em nosso quarto de hospital ou em casa, trazendo novo alento e razão para viver. Até reconciliação entre parentes com desavenças ocorre durante nossa enfermidade, e só vamos saber depois. Como é bom ter família e ser família. Mas também, enfermos, descobrimos o valor de nossos amigos, de perto ou de longe, que nos levam carinho e solidariedade.

6. Quando adoecemos, se somos crentes em Jesus Cristo, tementes a Deus e acostumados a manejar a Bíblia, o Santo Livro, recebemos novas consolações e novos insights da Palavra de Deus.
O leito de enfermidade constitui privilegiado lugar de meditação nas grandes verdades da fé, antes apenas parte de nosso discurso religioso. Ali somos consolados por Deus e nos tornamos fontes de consolação. É verdade.

A doença acaba abrindo espaços e cavando abismos em nossa vida que a graça divina vem preencher. No leito, ouvimos a promessa divina, como Paulo: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Consolados e fortalecidos, mesmo com o corpo abatido e marcado pela dor, passamos a ser agentes de consolação, de paz e esperança no hospital. Chego à conclusão de que um verdadeiro cristão, doente e internado num hospital, acaba se tornando ali uma bênção para profissionais da saúde e companheiros de sofrimento ou tratamento.

Lembro-me de quando minha avó foi internada por problemas cardíacos. No hospital, ela passou a confiar ainda mais em Deus. Quando ela pressentiu sua partida, pediu para uma enfermeira ler o salmo 86, seu favorito. No dia em que ela foi se encontrar com o Senhor, aquela enfermeira chorou a sua morte e disse que admirava-a profundamente. Ela foi tocada pelo seu testemunho.

7. Quando adoecemos, baixamos “nossa guarda”, como numa luta de boxe quando o lutador se sente extenuado e prestes a entregar os pontos.
Gente que se diz atéia, agnóstica, inimiga de Deus, hostil aos crentes, mostra-se muito mais acessível, carente e pronta a pedir orações aos que dela se acercam. Estou persuadido de que dos hospitais e centros de saúde costumam sair mais pessoas reconciliadas com Deus, prontas para viver feliz ou morrer em paz, do que dos próprios templos religiosos. A doença nos apequena, quebranta e oferece oportunidade à graça consoladora do Evangelho!

8. Quando adoecemos, e levados para pronto socorro, hospital ou clínica especializada, descobrimos que existem outras pessoas com problemas iguais ou maiores do que os nossos.
Com elas conversando, somos animados ou animamos, recebemos alento ou alentamos, sorrimos ou choramos. Descobrimos que somos gente como toda gente! E ao comparar com o nosso os fardos de enfermidade dos outros, muitas vezes ficamos agradecidos, porque o nosso é muito menor; ou, então, comovidos e prontos a interceder, porque o de nosso irmão é bem maior!

9. Quando adoecemos, descobrimos as dimensões das mãos de Deus, através das mãos humanas.
Verificamos a bondade de Deus ao prover multiplicidade de dons, talentos e aptidões humanas no hospital, clínica ou pronto socorro em que nos encontramos. Juntos, cada qual com seu conhecimento, sua técnica, seus instrumentos, a cuidar de nós. Em verdade, nos damos conta de que as mãos hábeis e generosas de homens e mulheres, profissionais da medicina ou simples auxiliares que nos servem um pequeno lanche, um copo d’água ou limpam nosso quarto ou nosso leito, constituem uma extensão das mãos de Deus.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Provérbio Árabe


Não diga tudo o que sabes. 
Não faça tudo o que podes. 
Não acredite em tudo o que ouves. 
Não gaste tudo o que tens.
Porque…
Quem diz tudo o que sabe;
Quem faz tudo o que pode;
Quem acredita em tudo o que ouve;
Quem gasta tudo o que tem,
Muitas vezes…
Diz o que não convém,
Faz o que não deve,
Julga o que não vê,
Gasta o que não tem.