sexta-feira, 15 de maio de 2009

É Tempo de Despertar!

"Agora, Senhor... capacita os teus servos para anunciarem a tua palavra corajosamente. Estende a tua mão para curar e realizar sinais e maravilhas por meio do nome do teu santo servo Jesus." (Atos 4.29,30)

O Senhor Jesus espera que nós cristãos vivamos de forma tão intensa quanto os islâmicos. Principalmente, porque conhecemos o verdadeiro amor de Deus, derramado sobre nós. A passividade e a indiferença dos cristãos para com o pecado e a falta de compromisso com a Palavra de Deus tem sem que seja esta a intenção permitido que o nome do Senhor seja desonrado. É tempo de despertar! Este é o tempo de mostrar a diferença que Cristo faz na vida daquele que obedece. Eles morrem por uma promessa, mas a promessa que temos não nos deixará morrer. Pois, disse Jesus: "aquele que vive e crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá." (João 11.25,26). Somente os cristãos podem ter certeza do cumprimento das promessas de Cristo, pois Ele foi o único que ressuscitou.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

A Bênção de Adoecer

(Irland Pereira de Azevedo. Adaptado)


“Foi para meu benefício que eu tanto sofri.”
(Isaías 38.17ª, NVI).


Estamos acostumados a celebrar a bênção da saúde, pois saúde é coisa boa. Mas a realidade é que muitas vezes vemos a saúde fugir; órgãos importantes apresentam problemas e aspectos e funções vitais de imenso valor são seriamente prejudicados.

Adoecemos. Adoecemos, com maior ou menor gravidade, na infância, na adolescência, na idade adulta e principalmente na velhice. Às vezes a proximidade da doença é anunciada, e podemos até preveni-la ou atenuar-lhe as conseqüências. Outras vezes, a doença é repentina e fulminante.

Pois bem. Qual é a nossa atitude em relação à doença? É evidente que ela altera ou perturba nossa vida e atropela nossos planos, sonhos, e vontade imensa de viver com qualidade.

Como notamos no texto de Isaías, acima reproduzido, o rei Ezequias, depois de sua grave doença e da cura que recebeu, afirmou: “Foi para meu benefício que eu tanto sofri”.

Existem bênçãos na doença? Certamente! Isso desejo lembrar e assinalar, sem pretender exaurir o tema.

1. Quando adoecemos, descobrimos nossa finitude e humanidade.
Não podemos tudo, não conseguimos fazer tudo o que queremos, interrompem-se nossos projetos, alteram-se nossos planos, damo-nos conta de que com saúde nos julgávamos necessários e até insubstituíveis; só que descobrimos, num leito de enfermidade, que o mundo não pára, a vida continua e às vezes nossos empreendimentos ou negócios chegam até a produzir mais.

2. Quando adoecemos, tomamos consciência da unidade e solidariedade da raça humana.
Sim. Fazemos parte de uma humanidade pecadora, passível de adoecer e de transmitir de geração em geração doenças ou potencial delas que freqüentemente nossa indisciplina precipita que venham a aparecer. Um exemplo disso é que quando vamos a uma consulta médica, somos perguntados sobre o histórico das doenças na família.

3. Quando adoecemos, descobrimos que todos somos iguais:
Pobres e ricos, grandes e pequenos, homens e mulheres, doutores ou analfabetos, palacianos ou gente de rua, santos e pecadores. Todos adoecemos ou podemos adoecer. No leito da enfermidade, descobrimos a tolice do orgulho, da vaidade, da pretensão humana, da mania de grandeza. E do leito, saímos mais humanos e humildes. E não é isso uma bênção?

Lembro-me do meu sogro dizer no leito de enfermidade que se fosse curado, ele iria lutar contra a sua timidez para dar testemunho nas igrejas e quando fosse visitar, oraria pelas pessoas.

Nisto eu vi que a maior bênção produzida pelo leito da dor não é a cura, mas a mudança que Deus opera em nossos pensamentos e atitudes. E não apenas na vida do doente, mas na daqueles que com ele convivem. Confesso que saí dali pensando: “vou esperar adoecer para então pensar em lutar contra os meus temores para dar frutos para Deus?”

4. Quando adoecemos, aprendemos “experiencialmente” a natureza relacional e interdependente do ser humano, e o valor da gentileza, da simpatia, do bom humor, da paciência.
Pensávamos, quando saudáveis, não precisar de ninguém, não depender de ninguém, que dinheiro era capaz de adquirir todo bem estar, todo prazer, toda felicidade. Doentes, em leito hospitalar luxuoso ou singelo, rodeados de gente altamente capacitada e profissionalmente competente, ou de gente simples, nós nos damos conta de que precisamos dessas pessoas, dependemos delas, temos de tratá-las bem. Em troca, recebemos o carinho e o cuidado delas.

5. Quando adoecemos, verificamos a importância da família e do amor e cuidado que nos devota.
Às vezes, parentes que não víamos fazia anos, comparecem em nosso quarto de hospital ou em casa, trazendo novo alento e razão para viver. Até reconciliação entre parentes com desavenças ocorre durante nossa enfermidade, e só vamos saber depois. Como é bom ter família e ser família. Mas também, enfermos, descobrimos o valor de nossos amigos, de perto ou de longe, que nos levam carinho e solidariedade.

6. Quando adoecemos, se somos crentes em Jesus Cristo, tementes a Deus e acostumados a manejar a Bíblia, o Santo Livro, recebemos novas consolações e novos insights da Palavra de Deus.
O leito de enfermidade constitui privilegiado lugar de meditação nas grandes verdades da fé, antes apenas parte de nosso discurso religioso. Ali somos consolados por Deus e nos tornamos fontes de consolação. É verdade.

A doença acaba abrindo espaços e cavando abismos em nossa vida que a graça divina vem preencher. No leito, ouvimos a promessa divina, como Paulo: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Consolados e fortalecidos, mesmo com o corpo abatido e marcado pela dor, passamos a ser agentes de consolação, de paz e esperança no hospital. Chego à conclusão de que um verdadeiro cristão, doente e internado num hospital, acaba se tornando ali uma bênção para profissionais da saúde e companheiros de sofrimento ou tratamento.

Lembro-me de quando minha avó foi internada por problemas cardíacos. No hospital, ela passou a confiar ainda mais em Deus. Quando ela pressentiu sua partida, pediu para uma enfermeira ler o salmo 86, seu favorito. No dia em que ela foi se encontrar com o Senhor, aquela enfermeira chorou a sua morte e disse que admirava-a profundamente. Ela foi tocada pelo seu testemunho.

7. Quando adoecemos, baixamos “nossa guarda”, como numa luta de boxe quando o lutador se sente extenuado e prestes a entregar os pontos.
Gente que se diz atéia, agnóstica, inimiga de Deus, hostil aos crentes, mostra-se muito mais acessível, carente e pronta a pedir orações aos que dela se acercam. Estou persuadido de que dos hospitais e centros de saúde costumam sair mais pessoas reconciliadas com Deus, prontas para viver feliz ou morrer em paz, do que dos próprios templos religiosos. A doença nos apequena, quebranta e oferece oportunidade à graça consoladora do Evangelho!

8. Quando adoecemos, e levados para pronto socorro, hospital ou clínica especializada, descobrimos que existem outras pessoas com problemas iguais ou maiores do que os nossos.
Com elas conversando, somos animados ou animamos, recebemos alento ou alentamos, sorrimos ou choramos. Descobrimos que somos gente como toda gente! E ao comparar com o nosso os fardos de enfermidade dos outros, muitas vezes ficamos agradecidos, porque o nosso é muito menor; ou, então, comovidos e prontos a interceder, porque o de nosso irmão é bem maior!

9. Quando adoecemos, descobrimos as dimensões das mãos de Deus, através das mãos humanas.
Verificamos a bondade de Deus ao prover multiplicidade de dons, talentos e aptidões humanas no hospital, clínica ou pronto socorro em que nos encontramos. Juntos, cada qual com seu conhecimento, sua técnica, seus instrumentos, a cuidar de nós. Em verdade, nos damos conta de que as mãos hábeis e generosas de homens e mulheres, profissionais da medicina ou simples auxiliares que nos servem um pequeno lanche, um copo d’água ou limpam nosso quarto ou nosso leito, constituem uma extensão das mãos de Deus.